quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O FPE E A CAMPANHA PELA DIVISÃO DO PARÁ


O FPE E A CAMPANHA PELA DIVISÃO DO PARÁ

Hélio Mairata (*)

A campanha na mídia pelo retalhamento do Pará em três Estados tem usado como argumento mais forte um suposto ganho que essas unidades passariam a ter, já que a soma do FPE a ser destinado pela União aos três seria bem maior, inclusive quantificando tais valores.

Em primeiro lugar, essa campanha é parcial, haja vista que esconde o aumento das Despesas que a criação das novas unidades traria. Estudo feito pelo IPEA (não pelos “unionistas”) mostra que esse aumento nas citadas despesas seria de 36,7%. Considerando o OGE do Pará para 2012, que projeta um gasto total do Estado na ordem de R$ 12,9 bilhões a criação dos dois novos Estados provocaria uma despesa adicional em cerca de R$ 4,7 bilhões, o que é superior ao midiático “ganho” no FPE conforme assevera a propaganda separatista, que seria de R$ 3 bilhões.

Contudo, além dessa parcialidade na informação (apregoando um aumento nas receitas, mas escondendo o nas despesas), a informação sobre o citado ganho é fantasiosa.

Com efeito: atualmente, a distribuição do FPE entre os Estados é feita conforme a Lei Complementar 62/89. E, de acordo com esta, há uma tabela de coeficientes fixos para cada unidade federativa, ou seja, não há vinculação com área, população, PIB, renda per capita, absolutamente nenhum critério variável. E, nesse rateio do FPE (constituído por 21,5% da arrecadação do IR e IPI) o Pará recebe exatos 6,1120%. Na LC não há qualquer previsão para novas unidades federativas.

Ainda há mais: o STF, em sessão realizada em 24/02/2010 decretou a inconstitucionalidade da referida LC, estabelecendo um prazo final para a sua vigência, a qual irá expirar em 31/12/2012.

Até lá, o Congresso Nacional terá que aprovar novo estatuto legal para a repartição do Fundo. Há, tramitando, um PLC, de autoria conjunta dos senadores Jorge Viana (PT-AC), Randolfo Rodrigues (PSOL-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO), na qual são propostos critérios de divisão (mas ainda sem o estabelecimento de percentuais) com base em: IDH, Renda per capita; População; Percentual de unidades de conservação e áreas indígenas; PIB; e saneamento básico.

É só. O resto é delírio.

(*) Professor da UFPA/Facecon e Diretor do Sindicato dos Economistas do Estado do Pará

Voltei!

Depois de um ano, eis que abro o blog. Eu voltei, agora pra ficar! ;)

sábado, 20 de novembro de 2010

A Consciência Negra


Quantos amigos negros você tem? Quantos negros tem ou tinha na sua escola? Quantos tem no seu local de trabalho? Por que tal raça é ligada a pobreza? Por que a população negra é a maioria da população brasileira e não se vê isso nos diversos setores sociais. Por quê?

Não existe um negro nesse país que não tenha sofrido preconceito. O racismo no Brasil é perverso, nojento, cruel. Num gesto, num olhar...

Quatro séculos de escravidão e quando se põe fim a tal absurdo, TODOS são iguais? Como? Dividi-se liberdade, mas e as riquezas, e os privilégios?

Quando se discute a inclusão dos negros nos diversos setores da sociedade, acha-se um absurdo. TODOS SÃO CONTRA, porque TODOS SÃO IGUAIS e AGUÇARÃO OS CONFLITOS RACIAIS. Hipocrisia.

Negros e pardos são mais da metade da população. Mais da metade dessa população é pobre. Mais da metade dessa população é analfabeta.

Numa análise superficial, o problema é social/ econômico. Num estudo aprofundado, torna-se clara a questão racial.

Que o STF se posicione a favor das cotas. Essa será a MAIS IMPORTANTE DECISÃO DA HISTÓRIA DESSE PAÍS.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Arte V


Em tempo de Círio, onde tudo começa... Complexo Feliz Lusitânia - Catedral Metropolitana de Belém - Igreja da Sé.

Foto: Igor Fernandez de Moraes.

Arte IV


Ponte dos Ingleses - Fortaleza/ Ceará.

Foto: Igor Fernandez de Moraes.

Arte III


Município de Bujaru, no estado do Pará.

Foto: Igor Fernandez de Moraes.

Arte II


Comunidade Quilombola de São José no Pará. Abril de 2008.


Mais uma foto do meu amigo advogado e fotógrafo Igor Fernandez de Moraes .